Equipes de saúde da família precisam caminhar longas distâncias para chegar aos polos de atendimento. Equipe de Saúde da Família de Santa Cruz percorreu longa distância para levar serviços à comunidade Tumbira
Prefeitura de Aveiro / Divulgação
A vazante acentuada dos rios da região amazônica está gerando transtornos não só para o abastecimento de comunidades ribeirinhas com água potável e itens de primeira necessidade, como para a oferta de serviços de saúde. No município de Aveiro, oeste do Pará, as Equipes de Saúde da Família (ESF) estão tendo que caminhar longas distâncias para chegar até às comunidades.
Na terça-feira (10), a Secretaria Municipal de Saúde promoveu uma ação na comunidade Tumbira, zona rural de Aveiro, para pesagem de crianças e para colocar em dia a carteira de vacinação dos comunitários em geral.
A ação foi realizada sob a coordenação da Equipe de Saúde da Família de Santa Cruz, que não mediu esforços para chegar à comunidade Tumbira que está praticamente isolada pela seca do Rio Tapajós.
“Os comunitários ficaram muito felizes e destacaram, que é importante saber que podem contar com o apoio do poder público municipal, principalmente quando estão praticamente isolados devido a grande seca pela qual a região passa, o prefeito Vilson Gonçalves pediu para atendermos toda a população da melhor forma possível, e as equipes de saúde estão enfrentando as dificuldades para levar serviços de qualidade aos nossos ribeirinhos”, destacou o secretário municipal de Saúde, Hiroito Tabajara.
Vacinação de rotina e atualização de cadernetas de vacina na comunidade Tumbira, em Aveiro
Prefeitura de Aveiro / Divulgação
Situação de emergência
Na manhã do último dia 10, o prefeito de Aveiro, Vilson Gonçalves, decretou Situação de Emergência, em decorrência da grave seca que afeta o município.
Decreto nº 071/0223 - GAB/PMA cita que uma das causas para a situação de emergência é a diminuição abrupta das chuvas, que acarretou considerável redução no nível dos rios Tapajós, Cupari, Mamuru e Andirá, atingindo substancialmente o abastecimento hídrico da população, agricultura e pecuária das comunidades e aldeias indígenas localizados em suas respectivas bacias no município de Aveiro.
O decreto chama a atenção para o fato de comunidades e aldeias indígenas correrem o risco de ficar totalmente isoladas devido à falta de navegabilidade dos rios, que pode gerar problemas como a falta de abastecimento de alimentos, falta de medicamentos e insumos nas UBSs, assim como, prejuízo pedagógico e de insegurança alimentar e nutricional aos alunos da rede pública municipal em comunidades e aldeias indígenas afetadas pela seca.
VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região
