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Quadra chuvosa em 2024 encerra acima da média histórica no Ceará

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

07/06/2024 por Redação

As chuvas de fevereiro e março contribuíram para o resultado, conforme a Funceme. Quadra chuvosa em 2024 encerra acima da média histórica no Ceará.
Thiago Gadelha/SVM
O balanço de chuvas entre fevereiro e maio — período conhecido como quadra chuvosa — terminou acima da média no Ceará. O estado teve acumulado de 764 milímetros, ou seja, desvio positivo de 25,4%, considerando que a normal climatológica para o quadrimestre é de 609,2 mm. Os dados foram repassados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nesta sexta-feira (7).
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A Funceme explicou que os dados positivos têm relação direta com as precipitações entre fevereiro e março, principalmente. Nestes meses, os acumulados foram mais expressivos, puxando o acumulado final para cima. Fevereiro apresentou um desvio positivo de quase 100%, e março foi de 13%.
Nesta quadra chuvosa, a porção central do estado, como a macrorregião do Sertão Central e Inhamuns, apresentou relativa escassez, mesmo com as chuvas acima da normalidade. Ao contrário do Litoral de Fortaleza, que acumulou 1.253,2 mm (51,2% acima da média).
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Conforme a Funceme, as precipitações do quadrimestre tiveram influência, principalmente, da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que esteve próxima à costa norte do Nordeste devido a águas mais quentes no oceano Atlântico Tropical, colaborando para acumulados expressivos.
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“Neste ano, a gente teve essa condição totalmente atípica, excepcional e anômala, que nunca tinha sido observada no Atlântico e isso acabou influenciando na ocorrência das chuvas no estado”, comentou Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme.
Em janeiro, a Funceme havia apresentado maior chance de precipitações abaixo da normalidade. Mesmo considerando que o prognóstico indica todas as possibilidades, havia maior expectativa para acumulados menores, principalmente devido à força do El Niño, que historicamente costuma interferir relativamente nas chuvas no Ceará.
“E por que as previsões não refletiram isso? É importante destacar que elas são desenvolvidas a partir do conhecimento prévio de os modelos numéricos têm sobre clima, atmosfera, oceanos e como isto afeta as condições futuras, porém, esse padrão observado em 2024 não tinha sido visto ainda (águas do Atlântico superaquecidas)”, explicou Meiry.
“Os modelos não estavam prontos para perceber como isso poderia suplantar o El Niño que estava presente. Todos os modelos, em sua unanimidade, deram indicativos de chuvas abaixo da média’”, complementou a meteorologista.
Com as chuvas mais concentradas no norte do estado e no início da quadra, os meses de abril e maio apresentaram acumulados menos expressivos, tendo áreas do Ceará com precipitações abaixo da normalidade.
No último mês da quadra, somente os litorais de Fortaleza e do Pecém apresentaram chuvas acima da normalidade, ficando Jaguaribana, Cariri e Sertão Central e Inhamuns com acumulados pouco expressivos.
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