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Corpo do jornalista Sérgio Cabral é cremado no Memorial do Carmo

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Com informações do G1

15/07/2024 por Redação

Jornalista morreu aos 87 anos, após complicações de enfisema pulmonar. Sérgio Cabral foi velado na Sede Náutica do Vasco
Cristina Boeckel/g1 Rio
O corpo de Sérgio Cabral foi cremado na tarde desta segunda-feira (15) no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio.
O jornalista, que era pai do ex-governador Sérgio Cabral Filho, morreu neste domingo (14), aos 87 anos, em decorrência de complicações de um enfisema pulmonar. Ele também tinha Alzheimer.
O velório aconteceu na sede náutica do Vasco da Gama, clube de coração do jornalista, na Lagoa, na Zona Sul. O caixão foi coberto belas bandeiras do Vasco e das escolas de samba Portela e Mangueira.
Magaly Cabral foi casada com Sérgio Cabral pai por mais de 60 anos
Reprodução/TV Globo
A primeira a chegar para a despedida foi a companheira de 62 anos, Magaly Cabral, que lembrou do marido como muito carinho e contou que ele havia contraído uma pneumonia em fevereiro e não se recuperou mais.
Foi um homem inteligente, ativo, honesto, com bons princípios, muito alegre, feliz, vascaíno. Ele deixou o legado do Vasco para nós. Ele dizia que queria viver até os 120 anos. Mas, uma semana depois do carnaval, ele teve uma pneumonia brava, que perdurou e desde então a saúde ficou péssima. Mas, agora ele descansou, disse.
O cantor e compositor Paulinho da Viola destacou a importância do jornalista no registro da história da música.
“A gente deve muito a ele, os livros que ele fez sobre várias figuras da música brasileira, da nossa história. E a gente fica muito triste em perder uma pessoa como o Sérgio”, afirmou.
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O ex-governador Sérgio Cabral Filho disse que vai lembrar do pai como um homem amoroso e como um avô carinhoso com os netos.
“Ele resistiu por três meses. Peço que orem por ele, pela alma dele. Por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil. Pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu, disse o ex-governador em uma rede social.
Quando o ex-governador foi preso em novembro de 2016, o jornalista já tinha sido diagnosticado com Alzheimer.
Jornalista Sérgio Cabral foi um dos maiores pesquisadores da música brasileira
Reprodução/ TV Globo
Jornalista Sérgio Cabral morre aos 87 anos
Música e futebol
Sérgio Cabral era escritor, compositor e pesquisador da música brasileira. Carioca de Cascadura, vascaíno e grande entusiasta do samba, criou, entre outras obras, o musical Sassaricando - E o Rio inventou a marchinha, junto com a historiadora Rosa Maria Araújo.
“Trabalho com o samba. Trabalho e gosto. Com o samba, com a música popular, com o futebol. Com as coisas bem cariocas”, disse Sérgio Cabral em uma entrevista na década de 1980.
Sérgio Cabral começou a carreira aos 20 anos no jornal Diário da Noite, como estagiário. O jornalista começou a escrever sobre música no Jornal do Brasil.
Ele se definia como um torcedor da Portela, mas que amava a Mangueira, o Salgueiro e o Império Serrano. Na década de 1980, ele foi comentarista da transmissão dos desfiles de carnaval.
EM CIMA DA HORA - Pai do governador do Rio Sérgio Cabral, o também Sérgio Cabral, veio no último carro da escola
Alexandre Durão/G1
Como jornalista, foi um dos fundadores de O Pasquim e chegou a ser preso na ditadura devido à sua atuação no jornal. Ele foi convidado pelo jornalista Tarso de Castro e pelo cartunista Jaguar a integrar a equipe em 1969, durante o momento mais duro da ditadura militar.
Cabral escreveu quase 20 livros. Como autor, publicou as biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão, Grande Otelo, Ataulfo Alves e Eliseth Cardoso.
Também já teve atuação política na capital fluminense. Por três vezes, foi vereador do Rio – de 1983 a 1993. Foi ainda conselheiro do Tribunal de Contas do Município, até 2007, quando se aposentou.
Sérgio deixou um acervo de mais de 60 mil itens, como partituras e documentos, que ajudam a contar a história da música popular. O material foi doado para o Museu da Imagem do Som, no Rio.
Fotos: Confira momentos da carreia de Sérgio Cabral
Sérgio Cabral na década de 1980
Reprodução/ TV Globo
Sérgio Cabral doou acervo de 60 mil itens da música brasileira para Museu da Imagem e do Som, no Rio
Reprodução/ TV Globo

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