Em seis meses, foram geradas 2.475 postos de trabalho com carteira assinada no município, 36,5% deles na indústria. Setor industrial foi o principal responsável pelo aumento de contratações em São Carlos no primeiro semestre de 2024
Reprodução EPTV
São Carlos (SP) teve um aumento de 103,9% na criação de empregos no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De janeiro a junho de 2023, foram 1.214 gerados novos postos de trabalho. Neste ano, foram 2.475, ou seja, 1.261 a mais.
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O destaque é o setor industrial, responsável por 904 novas contratações, o correspondente a 36,5% do total de pessoas empregadas neste ano.
No comparativo com o primeiro semestre do ano passado, quando foram criadas 265 vagas na indústria, a contratação do setor cresceu quadruplicou.
Na Bertollo, que fábrica de máquinas para a produção de sorvetes, o quadro de funcionários cresceu 10% neste ano. Segundo a gerente comercial, Kátia Martins, além do inverno com temperaturas mais altas, a confiança do mercado externo no Brasil também contribuiu e a fábrica passou a exportar mais.
“Nós precisamos contratar para dar conta de entregar os equipamentos no tempo que a gente gostaria e mesmo assim estamos com o prazo longo de até 120 dias para a entrega”, afirmou.
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Crescimento da economia
De acordo com o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de São Carlos Marcos Henrique dos Santos, alguns fatores sazonais têm influenciado no bom resultado da indústria são-carlense, mas o crescimento tem se mostrado consistente.
“Já vem há pelo menos três meses esse resultado positivo e a gente entende que isso se deve à melhoria das condições econômicas. Existem alguns fatores positivos como o dólar, que começou a subir e favorece quem exporta, e questões sazonais como, por exemplo, uma retomada do setor de compressores e no setor de abatedouro de aves que, com certeza, está ligado à exportação, afirmou.
Segundo o economista Paulo Cereda, a economia segue em retomada rumo aos parâmetros pré-pandemia de Covid, com o aumento do poder de consumo das famílias e com a ajuda da taxação de produtos importados.
“Equilibra forças. É semelhante a fazer uma maratona, só que o empresário brasileiro carrega um peso maior, um saco de areia que são os tributos e impostos. Quando eu coloco essa taxa, eu equilibro as forças e as indústrias internacionais acabam tendo uma tributação semelhante com a que se tem internamente”, explicou.
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