Resultados auxiliam produtores a melhorar qualidade do material para aumentar a produção de leite. Pesquisa no Sudoeste avalia qualidade da silagem dos rebanhos
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná analisou a qualidade da silagem dos rebanhos produzido no sudoeste do estado. Foram coletadas e analisadas amostras de cem propriedades de dezoito municípios da região.
O material passou por três avaliações: densidade dos silos, que analisa a compactação da forragem; tamanho das partículas; e composição química e nutricional. Os resultados foram divulgados durante a Via Tecnológica do Leite, evento que reuniu centenas de produtores do estado em Francisco Beltrão.
Os técnicos encontraram diversos silos com pouca compactação - o que aumenta o risco de deterioração da silagem. Encontraram material moído demais, o que não estimula a mastigação das vacas, e outros pouco moídos.
“Milho inteiro ou pouco processado interfere diretamente na digestibilidade desse material no rúmen da vaca. Fica um pouco mais difícil a vaca aproveitar esse grão de milho que está vindo da silagem”, explica a zootecnista Milena Peres.
Pesquisa no Sudoeste avalia qualidade da silagem dos rebanhos
Reprodução/RPC
Cada item analisado nas silagens contou pontos na avaliação. Um ranking das dez melhores silagens da região ajudou a avaliar o que os produtores estão fazendo em comum que tem feito a diferença na qualidade final.
“O diferencial principal desses produtores foi o cuidado na lavoura, tanto com adubação química quanto com a adubação orgânica, usando cama de frango, esterco bovino”, completa.
A silagem produzida no sítio da família Bortolini, em Francisco Beltrão, teve a oitava maior nota. No local, a produção de leite é a principal atividade. As vacas holandesas ficam confinadas no barracão e recebem uma alimentação balanceada a base de silagem de milho. A forragem é guardada nos silos e pode durar até dois anos.
Quando não dava importância para a qualidade, produtor Marcos Bortolini lembra que as vacas produziam em média 25 litros de leite por dia. Depois que passou a cuidar de cada processo, a produção aumentou muito. “Hoje está em torno de 36 litros. Não é só silagem, tem o conforto e tudo o mais, mas grande parte é da comida da vaca”, diz.
O produtor recebeu um relatório completo da avaliação, com indicações de onde pode melhorar ainda mais. “Fazer análise do solo todo ano, plantar um bom milho e rezar para o tempo correr bem”, finaliza.
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