Brasília registrou 2ª maior taxa de inflação do país no mês de agosto, com alta de 0,68%. No entanto, itens da cesta básica foram menos afetados na comparação com julho e alguns tiveram deflação. Pessoa olha carnes à venda em mercado, em imagem de arquivo
Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo
O Distrito Federal registrou a segunda maior taxa de inflação do país no mês de agosto, com alta de 0,68%. Segundo levantamento Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), gasolina e energia elétrica estão entre os itens que mais puxaram a aceleração de preços.
Por outro lado, uma quantidade menor de itens da cesta registrou aumento de preços em comparação com julho. Alimentos como batata inglesa, alcatra e leite longa vida, por exemplo, registraram deflação (veja lista mais abaixo).
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado para medir a inflação oficial do país. Em Brasília, o grupo que mais influenciou a alta do IPCA foi o de transportes:
🚙 Automóvel novo (+ 3,3%);
⛽ Gasolina (+ 1,68%);
✈️ Passagem aérea (+ 3,84%);
⛽ Demais combustíveis (1,97%).
Já no grupo de habitação, a maior contribuição veio da energia elétrica residencial (+ 2,84%). Em seguida, vem a contribuição da taxa de água e esgoto (+ 4,55%).
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Alimentos com queda de preços
O grupo de alimentação e bebidas registrou deflação em agosto. Dentre os alimentos que tiveram queda nos preços, destacam-se:
Alcatra (-6,96%);
Acém (-5,90%);
Ovo de galinha (-5,97%)
Lei longa vida (-3,79%)
Frango inteiro (-3,73%)
Frango em pedaços (-2,91%);
Tubérculos, raízes e legumes (-5,08%);
Batata-inglesa (-17,96%);
Cenoura (-10,22%);
Cebola (-5,16%).
Para o cálculo, foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 29 de agosto de 2023 com os preços vigentes entre 29 de junho e 28 de julho de 2023.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Inflação no Brasil
O IPCA brasileiro subiu 0,23% em agosto. O indicador voltou a acelerar em relação ao mês anterior, puxado desta vez por um aumento da energia elétrica residencial (4,59% no mês).
Em junho, o IPCA fechou com alta de 0,12%. Já em agosto de 2022, o país havia registrado deflação de 0,36%, na esteira da desoneração de combustíveis.
Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,61% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 3,23%. Mesmo em trajetória de alta, o índice de preços veio levemente abaixo das projeções do mercado financeiro.
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