Segundo os pesquisadores, a enquete é feita em lojas de varejo e atacarejo e há diferença no tamanho dos produtos e também no valor. Mulher em frente a gôndola de supermercado
Reprodução
O preço da cesta básica em Piracicaba (SP) pode variar até 51%, dependendo do tipo de mercado escolhido pelo consumidor. Isso é o que aponta o Índice de Cesta Básica (ICB) de agosto, feito por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
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Embora o valor médio da cesta em agosto não tenha tido variação significativa entre julho e agosto, a pesquisa aponta que há uma grande diferença de preços dependendo do tipo de mercado - no entanto também pode haver diferença na quantidade de produtos escolhidos.
A cesta básica mais barata, conforme a pesquisa, custaria R$ 1.003,04. Já a mais cara tem mais de R$ 500 de diferença, custando R$ 1.516,46. Já o valor médio observado em agosto, considerando todos os tipos de estabelecimento, ficou em R$1.181,59, poucos centavos de diferença do valor médio observado em julho.
Segundo os pesquisadores, a enquete é feita em lojas de varejo e atacarejo. As lojas de varejo são aquelas nas quais o consumidor compra em pequenas quantidades para seu consumo direto, além disso, oferece aos clientes serviços como padaria, açougue e frios fatiados e em porções diversas.
Já o atacarejo, compreende estabelecimentos nos quais há a venda em unidades, mas também em atacado a depender da quantidade que o consumidor adquire, e oferece menos serviços.
Assim a maioria dos produtos é vendido em embalagens maiores. Deste modo, a cesta nos atacarejos costuma ser um pouco mais barata, mas também tem menos produtos. Veja na tabela a diferença dos valores dependendo do tipo de mercado:
Preço da cesta básica conforme o tipo de estabelecimento em Piracicaba
Cesta básica em agosto🥔🥬🫘
O valor médio da cesta básica em agosto, ou seja, a média entre os valores mais caros e mais baratos, ficou em R$ 1.181,59, praticamente igual ao de julho, que foi R$ 1.181,74. No entanto, alguns alimentos tiveram variação expressiva de preço.
Entre os três segmentos da cesta, apenas higiene teve alta no valor total dos produtos de 5,55%. Já os setores de alimentação e limpeza doméstica mantiveram estabilidade, com variação de -0,41% e -0,14%, respectivamente.
Carrinho de supermercado com produtos
Reprodução / EPTV
Os itens que mais contribuíram para a alta da higiene foram o papel higiênico, o creme dental, o desodorante e o sabonete, apresentando uma variação de 13,57%, 10,50%, 1,38% e 0,80% respectivamente.
No entanto, no segmento de alimentos alguns tiveram variação significativa, apesar de o resultado ter sido estabilidade na somatória. Veja na tabela abaixo:
Maiores variações no preço dos alimentos em agosto em Piracicaba
No caso da batata, maior queda em agosto, o movimento pode ser atribuído à safra de inverno, com destaque para a região de Vargem Grande do Sul (SP), que alcançou um pico na colheita do mês, segundo os pesquisadores.
Já para a cebola, a queda é justificada por um aumento no ritmo de colheita observado no Cerrado, elevando o volume comercializado nas demais regiões do país.
Cebolas
Arina Krasnikova / Pexels
A farinha de mandioca teve o preço reduzido devido à alta oferta ocasionada pela boa produtividade e pelas condições climáticas favoráveis nas áreas de cultivo. Durante o mês de agosto as agroindústrias processadoras precisaram limitar o processo de moagem, chegando a parar em algumas regiões, segundo a pesquisa.
Já em relação ao presunto fatiado, que teve a maior alta nos preços, a pesquisa aponta que houve aumento na demanda pela carne suína, principal componente do presunto. [...] elevou os preços principalmente na primeira quinzena do mês de agosto, período em que se acentuou o ganho de competitividade da carne frente a de frango.
A explicação é a mesma para a linguiça, que também teve alta considerável no preço médio em agosto.
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