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Empresa de aluguel WeWork entra com pedido de falência nos Estados Unidos

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

07/11/2023 por Redação

O balanço financeiro da companhia foi prejudicado nos últimos meses por conta da pandemia da Covid-19. As ações da WeWork caíram cerca de 98,5% neste ano. O problema financeiro da companhia refletiu na cotação das ações da empresa, negociada na bolsa norte-americana New York Stock Exchange
Brendan McDermid/Reuters
A WeWork, uma empresa de aluguel de espaços de coworking norte-americana, entrou com pedido de falência na noite de segunda-feira (6). A empresa aderiu ao Capítulo 11, que permite o devedor manter as operações e adiar os prazos de pagamento, enquanto busca sanar as dívidas financeiras.
O balanço financeiro da companhia foi prejudicado nos últimos meses por conta da pandemia da Covid-19. Como muitos escritórios optaram por trabalhar de casa, os donos das empresas decidiram por rescindir o contrato de aluguel, prejudicando a economia da WeWork.
E embora a WeWork tenha tido algum sucesso ao contratar grandes conglomerados como clientes, muitos dos seus clientes eram startups e pequenas empresas, que reduziram os seus gastos à medida que a inflação disparava e as perspectivas econômicas locais pioravam.
Somando-se aos problemas, estava ainda a concorrência de seus próprios proprietários. Antigamente, as grandes imobiliárias faziam apenas contratos de longo prazo, e nos últimos anos, passaram a também oferecer serviços de curto período — modelo de negócio da WeWork. Isso ampliou a competição no setor.
Pouco antes da WeWork pedir falência, Adam Neumann, o fundador da WeWork, disse em comunicado: “Acredito que, com a estratégia e a equipe certas, uma reorganização permitirá que a WeWork emerja com sucesso”.
Conheça Adam Neumann, o fundador da WeWork que conseguiu arrecadar US$ 1 bilhão para novo projeto
O problema financeiro da companhia refletiu na cotação das ações da empresa, negociada na bolsa norte-americana New York Stock Exchange. Entre janeiro e novembro, o preço dos papéis caíram 98,5% — o que antes custava US$ 56 (R$ 273,36), hoje está a US$0,80 (R$ 3,91).
Um porta-voz da WeWork disse à Reuters que cerca de 92% dos credores da empresa concordaram em converter sua dívida em capital sob um acordo de apoio à reestruturação, eliminando cerca de US$ 3 bilhões em dívidas.
Em comunicado divulgado aos investidores, a empresa informou que reduzirá o portfólio de escritórios comerciais, concentrando na continuidade dos negócios e na prestação de serviços, uma vez que espera que as operações globais continuem normalmente.
Durante esse processo, os espaços WeWork permanecerão abertos e operacionais e não haverá alterações na forma como a Empresa opera para seus membros, informou a empresa.
O g1 entrou em contato com a companhia para saber como a recuperação judicial pode impactar os negócios no Brasil e para saber qual foi a dívida registrada no pedido de falência, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
Trajetória da WeWork
Sob o comando de seu fundador Adam Neumann, a WeWork cresceu e se tornou uma das startups mais valiosa dos EUA, no valor de US$ 47 bilhões. A empresa atraiu investimentos de primeira linha, como do SoftBank, da empresa de capital de risco Benchmark, bem como dos bancos de Wall Street, incluindo o JPMorgan Chase.
A busca de Neumann por um crescimento vertiginoso às custas dos lucros e as revelações sobre seu comportamento excêntrico levaram à sua demissão e ao descarrilamento de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em 2019.
O SoftBank foi então forçado a dobrar seu investimento na WeWork e contratou o veterano do setor imobiliário Sandeep Mathrani como CEO. Em 2021, o SoftBank fechou um acordo para abrir o capital da WeWork por meio de uma fusão com uma empresa de aquisição de cheque em branco.
A WeWork tinha escritórios disponíveis em 777 locais em todo o mundo no final de junho.
*Com informações da Reuters

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