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Justiça mantém condenação de segurança que espancou e matou estudante em casa noturna

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

03/05/2024 por Redação

Thiago Ozarias Souza foi condenado a 18 anos de prisão. Lucas Martins de Paula morreu após ser agredido por seguranças no Baccará Bar e Backstage, no bairro Embaré, em Santos. Segurança que agrediu universitário em balada em Santos se entregou à polícia
Reprodução/TV Tribuna
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou, em segunda instância, o recurso de Thiago Ozarias Souza, que foi condenado a 18 anos de prisão pela morte de Lucas Martins de Paula, que foi espancado em uma casa noturna de Santos, no litoral de São Paulo. A defesa do réu, que era segurança da casa à época, afirmou ao g1 que recorrerá a decisão.
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Lucas foi agredido na madrugada de 7 de julho de 2018 dentro e fora do Baccará Bar e Backstage, no bairro Embaré. A confusão começou após uma discussão por conta da cobrança de R$ 15 adicionais na comanda do jovem de 21 anos.
Questionado sobre o valor, o operador de caixa chamou um dos seguranças, o que deu início a uma grande confusão (assista no vídeo abaixo).
Imagens mostram início da briga entre clientes e segurança em casa noturna de Santos, SP
Thiago Ozarias Souza é apontado como principal agressor, responsável por desferir pelo menos 12 golpes contra a vítima. Ele foi julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa da vítima (relembre os outros envolvidos no caso mais abaixo).
Segundo o advogado do réu, Ricardo Capusso Velloso, o responsável pelo laudo necroscópico da vítima constatou que o crime não foi cometido por meio cruel e, por este motivo, recorrerá a decisão mais uma vez.
A defesa apresentará recursos cabíveis, tendo em vista que a decisão foi manifestamente contraria a prova dos autos, disse Ricardo.
O assistente de acusação, Armando de Mattos Júnior, explicou à equipe de reportagem que fez a sustentação oral e combateu as teses da defesa de Thiago, que teve o recurso foi negado pelo TJ-SP.
Na apelação criminal obtida pelo g1, o relator Mauricio Valala afirmou que as provas e depoimentos de testemunhas comprovaram a existência de um crime. Evidenciada, outrossim, a responsabilidade criminal do apelante, disse ele.
Outros envolvidos
Vitor Alves Karam e Sammy Barreto Callender
Polícia Civil/Divulgação
Além de Thiago, outras três pessoas foram acusadas pelo Ministério Público sobre o caso, sendo dois seguranças e o dono da casa noturna.
Um dos réus, o segurança Anderson Luiz Pereira Brito, morreu em 2021. Ele estava foragido e morreu em Itapetininga, no interior do estado. O segurança Sammy Barreto Callender e o proprietário do estabelecimento Vitor Alves Karam foram condenados a 16 anos de prisão em regime fechado.
O caso
Lucas Martins de Paula morreu após ser agredido até desmaiar em Santos (SP)
Arquivo pessoal
Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi agredido até desmaiar após uma confusão dentro e fora da casa noturna Baccará Backstage. O pai da vítima, Isaías de Paula, contou ao g1 que amigos que estavam com o filho relataram que ele foi pagar a conta e questionou a cobrança de R$ 15 a mais.
Câmeras de segurança da casa noturna captaram o início da briga, que resultou em morte. Em um primeiro momento, a defesa da casa noturna negou que os funcionários tivessem participado. Dias depois, o defensor da empresa mudou a versão e admitiu o envolvimento de seguranças na ação.
A vítima foi espancada até desmaiar na calçada do estabelecimento. O jovem foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, para a Santa Casa de Santos.
Após 22 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Lucas não resistiu ao quadro grave e faleceu. Segundo nota divulgada pela Santa Casa, o paciente, mesmo no período em que ficou sem sedação, não demostrou qualquer resposta neurológica.
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