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Cientistas descobrem vulcões gelados no equador de Marte

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10/06/2024 por Redação

A geada, embora muito fina, cobre uma grande área e se forma durante algumas horas ao amanhecer, evaporando com a luz do sol. Modelo em 3D do vulcão Monte Olimpo da região de Tharsis, um enorme planalto vulcânico.
Adomas Valantinas
Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (10) a descoberta, pela primeira vez, de cristais de gelo de água perto do equador de Marte, na região de Tharsis, um enorme planalto vulcânico.
Pensávamos que era impossível a formação disso ao redor do equador de Marte, pois a mistura de luz solar e atmosfera fina mantém as temperaturas relativamente altas tanto na superfície quanto no topo das montanhas, disse Adomas Valantinas, que fez a descoberta como estudante de doutorado na Universidade de Berna, na Suíça, e agora é pesquisador de pós-doutorado na Universidade Brown, EUA.
Essa existência é empolgante e sugere que há processos excepcionais em ação que permitem a formação de geada, acrescentou o pesquisador, autor do artigo publicado na revista Nature Geoscience.
A geada, embora muito fina, cobre uma grande área e se forma durante algumas horas ao amanhecer, evaporando com a luz do sol.
Durante as estações frias, a quantidade de água que se move entre a superfície terrestre e a atmosfera é equivalente a cerca de 60 piscinas olímpicas por dia.
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O vulcão Monte Olimpo, capturado pela câmera HRSC a bordo da Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA).
Adomas Valantinas
Na região marciana de Tharsis, há vários vulcões, incluindo o Monte Olimpo e os Tharsis Montes, formações geológicas colossais, que se erguem acima das planícies circundantes da região a alturas que variam de uma (Pavonis Mons) a três (Olympus Mons) vezes a do nosso terráqueo Monte Everest, no Nepal.
Os ventos sobem pelas encostas das montanhas, trazendo ar relativamente úmido da superfície para altitudes mais elevadas, onde ele se condensa e se deposita como gelo, diz o coautor do estudo, Nicolas Thomas, da Universidade de Berna.
A descoberta sugere que a compreensão sobre a formação e distribuição de água em Marte ainda não está completa, um achado importante, visto que a presença de água é crucial para entender a possibilidade de vida no planeta vermelho e também pode influenciar futuras missões de exploração.
Enquanto as missões Artemis da Nasa, por exemplo, visam principalmente explorar o nosso satélite natural, os objetivos de longo prazo da agência são ainda mais ambiciosos. No futuro, espera-se a que o programa ajude no desenvolvimento da ciência astronômica que permitirá a exploração humana de Marte.
Mas isso é algo que deve ocorrer somente no final da próxima década, na melhor das expectativas.
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