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Para combater muralha de fogo no Pantanal, MS recebe reforço de bombeiros do DF e RS

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

26/06/2024 por Redação

Equipes saíram dos estados nesta quarta-feira (26) e devem chegar em Mato Grosso do Sul nos próximos dias. Mais de 661 mil hectares foram consumidos pelo fogo neste ano. Militares do DF a caminho de Corumbá (MS)
Divulgação
Para combater a muralha de fogo que tem devastado o Pantanal nas últimas semanas, equipes do Corpo de Bombeiros de outros estados estão a caminho de Mato Grosso do Sul. Até o momento, seguiram para o bioma pantaneiro 42 militares do Distrito Federal e outros 40 do Rio Grande do Sul.
A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que enviou os agentes da Força Nacional para auxiliar no combate aos incêndios que atingem o bioma.
A área queimada neste ano no bioma chegou, até esta terça-feira (25), a 661 mil hectares (513 mil hectares em MS e 148 mil, em MT), segundo dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os números já superam os de 2020, quando houve recorde de devastação no bioma.
O reforço no efetivo foi um pedido do governo do estado. As equipes saíram do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (26) e devem chegar em Mato Grosso do Sul nos próximos dias. A ação tem como objetivo ampliar as ações para combater os focos de incêndio no Pantanal.
Em nota, o MJSP informou que serão utilizados materiais como caminhões de combate a incêndios florestais, abafadores, enxadas, ferramentas de escavação, tochas de incêndio, cortadores de mato, sopradores, facões, tanques flexíveis, drones, geradores de energia, dispositivos GPS, machados, picaretas e medidores de clima, além de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Fogo se espalha pelo Pantanal. Foto de junho de 2024.
Guilherme Giovanni /Arquivo Pessoal
Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência nas cidades atingidas pelos incêndios. O número de focos de incêndios no Pantanal neste ano já supera o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas em todo o bioma.
Nesta quarta-feira (26), chamou a atenção nas redes sociais um casal de tuiuiús que foi avistado ao buscar abrigo em uma árvore, no meio de uma área devastada pelo fogo, em Corumbá. A ave é considerada um dos símbolos da fauna e flora do Pantanal. Veja o vídeo abaixo
Casal de tuiuiú se abriga em árvore esturricada pelo fogo no Pantanal
Cenário de destruição
As queimadas nos seis primeiros meses de 2024 já são maiores em comparação com 2020. O trabalho combate aos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul está envolvendo vaias ações simultâneas por terra e ar.
O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. O decreto de emergência prevê uma atuação do poder público mais célere nos municípios do estado afetados pelos incêndios.
Pantanal está cada vez mais seco e com a biodiversidade ameaçada, dizem novos dados científicos
Jornal Nacional/ Reprodução
A publicação tem validade de 180 dias. Neste período, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, em ações que envolvam resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.
Especialistas explicam que o aumento exponencial dos focos de incêndio no Pantanal ainda em junho é causado pela antecipação da temporada do fogo, que chegaria só entre o fim de julho e agosto.
No bioma presente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as chamas são esperadas anualmente. Entretanto, os eventos climáticos adversos, a seca severa e a estiagem expuseram a planície ao fogo mais cedo em 2024.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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