Treinador tenta salvar ano colorado e já realiza primeiro trabalho na tarde desta quinta A “era Roger Machado” começa na tarde desta quinta-feira no Inter. O técnico aceitou a empreitada no Beira-Rio e chega com o objetivo de dar um novo rumo na temporada. Para brigar por títulos, no entanto, precisará trilhar um caminho de conquistar os colorados, erguer o ambiente de um vestiário abatido pelos fracassos e dar um padrão ao grupo outrora badalado.
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O que será do Inter com Roger Machado? | Central do Mercado
Isso ainda precisará ser em tempo restrito. Serão apenas dois treinos até a estreia diante do Botafogo no sábado e mais dois para a decisão no playoff da Sul-Americana contra o Rosario Central na terça. Diante dos argentinos, há a necessidade de vitória por dois gols de diferença pelo menos para ir às oitavas de final. Ou por um de diferença e levar aos pênaltis.
Período que dificulta mudanças profundas. Roger terá Borré já no fim de semana e Valencia contra os argentinos, o que dá mais poderio ao ataque, mas sem muito espaço para trabalhar as ideias táticas.
A conversa tomará protagonismo para montar uma equipe segura. Duas vitórias e a classificação no torneio continental minimizarão a crise instaurada no Beira-Rio e a resistência de torcedores mais radicais e contrários à escolha do técnico.
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Comentaristas opinam sobre a contratação de Roger Machado como técnico do Inter
O passado pesa
Talvez a tarefa mais delicada seja justamente unir os colorados. Roger, apesar de nem ter estreado, sofre rejeição de parcela das arquibancadas por um motivo simples, mas objetivo: a relação com o Grêmio.
Revelado no rival, virou um dos maiores jogadores da história do clube. Empilhou taças, é o sexto com mais partidas (506), está na calçada da fama e é atleta laureado. Credencial que o faz ser sócio tricolor, o que permite a concorrer a conselheiro e até presidente.
Em enquete do ge, a maioria dos participantes reprovou a contratação. Nas redes sociais, colorados levantaram a hashtag #RogerNão, que chegou a estar entre os principais tópicos entre domingo e segunda.
A restrição, se desponta como o principal empecilho, também pode ser facilmente resolvida. Basta conseguir resultados e melhorar o desempenho do time.
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Roger conhece o grupo colorado. Além de já ter trabalhado com Bruno Henrique e Hyoran, o treinador teve cinco confrontos com o Inter na temporada e só perdeu um. Eliminou o Colorado na semifinal do Gauchão e terceira fase da Copa do Brasil, o que resultou na demissão de Eduardo Coudet.
O histórico de carrasco já aparecera no período como técnico. Roger liderou duas goleadas históricas sobre o Inter: 5 a 0 no Gre-Nal dias após a demissão de Diego Aguirre em 2015, e 3 a 0 em pleno Beira-Rio em 2022, quando o Grêmio estava na Série B.
Ajustes táticos no time
Roger conhece como poucos as virtudes, mas também as fragilidades a atacar e a maneira de corrigir. A tarefa não será fácil, já que a equipe atravessa a pior fase na temporada, sem vencer há sete partidas, sendo quatro derrotas no período.
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A missão será penosa e o tempo um adversário a mais. Roger terá os treinos de quinta e sexta para definir a primeira escalação de olho na estreia diante do Botafogo no campo sintético do Nilton Santos e mais duas atividades para a decisão contra o Rosario Central pela repescagem da Sul-Americana.
No momento da demissão de Eduardo Coudet, o presidente Alessandro Barcellos citou dois pontos: que o time deixou de apresentar uma solidez defensiva e diminuiu as chances criadas, mesmo que fossem desperdiçadas. São dois pontos que o treinador precisará atacar.
Para piorar, as baixas dificultam a montagem da zaga. Fernando, que tem sido improvisado, e Vitão estão aos cuidados do departamento médico. O Polvo teve uma lesão na coxa direita, enquanto o camisa 44 apresentou um problema na esquerda. Ainda está na mira do Betis, da Espanha, e tem o futuro incerto.
Roger assume o Inter para tirar equipe da crise
Fernando Alves/E.C Juventude
O meio-campo será alvo de ajuste justamente para que ajude a dar mais solidez e criar oportunidades de gol. Thiago Maia (lesão na coxa esquerda) e Aránguiz (edema ósseo nos tornozelos) estão fora, o que diminui as opções. A saída de Mauricio também mexeu na mecânica do time, mesmo que o meia atravessasse fase ruim nos últimos momentos no Inter.
Capitão e camisa 10, Alan Patrick não recuperou o futebol apresentado em 2023. No retorno após a parada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o meia está longe de encantar a torcida. Roger precisa encontrar uma forma de recuperar o nível do jogador.
No ataque, a bola precisa chegar a Borré e Valencia. Os homens de frente pouco são acionados e dependem das jogadas individuais de Wesley. Wanderson passa por momento sem brilho. E, claro, quando estiver com chance, o time finalizar de forma certeira. O Inter tem apenas 12 gols em 13 partidas no Brasileirão.
Elevar o moral do grupo
As questões técnica e táticas serão solucionadas com o tempo. Nos primeiros dias, o técnico necessita melhorar o ânimo interno. A sequência de insucessos limou com a confiança do grupo. O drible, o passe vertical e o chute viraram artigos raros. Os jogadores nem de perto lembram os que deram a esperança ao torcedor que 2024 seria de redenção.
Roger terá de fazê-los confiar novamente. Para atingir o objetivo, além de sua palavra, conta com importante trunfo: Paulo Paixão. O histórico preparador físico é conhecido pelo protagonismo no vestiário. Além da dupla, desembarcam no Beira-Rio os auxiliares Adaílton Bolzan e Roberto Ribas e o analista de desempenho Guilherme Marques.
Paulo Paixão volta como figura importante no vestiário
Ricardo Duarte/Divulgação, Inter
O tempo será o adversário, mas Roger tem de encontrar um time para a estreia. O embate com o Botafogo está marcado para sábado, às 18h30, no Nilton Santos. A partida é válida pela 18ª rodada do Brasileirão.
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