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Candidato a prefeito no PI é indiciado por falsa comunicação de crime após denunciar pneu estourado como atentado com arma d

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

30/08/2024 por Redação

Ex-prefeito Apolinário Moraes (PSB), candidato à prefeitura de Bom Princípio do Piauí, foi indiciado por falsa comunicação de crime. Ele disse que sentiu ‘cheiro de pólvora’, mas investigação concluiu que barulho veio do pneu de uma motocicleta. Delegado Maikon Kaestner, da Polícia Civil do Piauí, segura o pneu estourado
Tiago Mendes/TV Clube
O ex-prefeito e candidato à prefeitura de Bom Princípio do Piauí, Apolinário Costa (PSB), foi indiciado por falsa comunicação de crime após denunciar ter sofrido um atentado com armada de fogo quando, na verdade, o som de tiro relatado pelo candidato tratava-se, segundo a Polícia Civil, do barulho de um pneu de motocicleta estourando.
O g1 procurou Apolinário Costa e a assessoria jurídica informou que enviará nota sobre o caso. Contudo, o comunicado não foi enviado até a publicação desta reportagem.
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Conforme o delegado Maikon Kaestner, da Delegacia de Combate às Facções Criminosas, Homicídios e Tráfico de Drogas (DFHT) de Parnaíba, o ex-prefeito procurou a polícia em 2 de agosto deste ano.
Ele relatou que, na madrugada daquele dia, estava com um amigo próximo a uma farmácia, no centro de Parnaíba, quando ouviu um disparo de arma de fogo.
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“Ele disse que sentiu o cheiro da pólvora, que alguém tinha atirado nele, e registrou boletim de ocorrência. A perícia foi até o local, colheu provas e constatou que, na verdade, o pneu de uma motocicleta estacionada a três metros deles estourou sozinho e causou o barulho”, apontou o delegado.
O delegado da DFHT explicou que o pneu do veículo foi fabricado há 11 anos, quando o prazo de validade máximo do item é de cinco. Imagens de câmeras de segurança mostram o candidato e um amigo caminhando tranquilamente, após o estouro, e entrando em uma farmácia, onde o ex-prefeito disse ter sofrido a tentativa de homicídio.
Durante a investigação, o amigo do candidato e as testemunhas que estavam na farmácia foram ouvidos e afirmaram que não achavam que Apolinário tinha sido, de fato, vítima do crime alegado por ele. Mesmo assim, o ex-prefeito concedeu entrevistas a emissoras de rádio locais em que denunciou o suposto crime.
“As imagens mostram que eles estavam tranquilos, as pessoas da farmácia se assustaram com o que eles falaram e não com o estouro em si. O candidato é um policial penal licenciado para disputar o cargo eletivo, tem porte de arma e conhecimento técnico para diferenciar barulho de pólvora e pneu”, acrescentou o delegado.
De acordo com o delegado, o candidato do PSB foi indiciado por falsa comunicação de crime, que prevê pena de um a seis meses de detenção ou multa.
Alvo de operação da PF
Operação investiga ex-prefeito por contratar empresa de primo que deixou de fornecer R$ 200 mil em alimentos
Divulgação/PF
O ex-prefeito Apolinário Costa foi alvo da Operação Prato Vazio, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, investigado por contratar a empresa de um parente para aquisição de merenda escolar e deixar de fornecer R$ 200 mil em alimentos.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no município, 333 km ao Norte de Teresina. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí.
Segundo a PF, foram detectados indícios de fraude em dois processos licitatórios realizados pela Secretaria de Educação do município, nos anos de 2017 e 2019.
Esses processos foram realizados para aquisição de merenda escolar no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Por isso, os indícios de fraude foram constatados em auditoria da Controladoria-Geral da União, que deu apoio à operação.
Durante as investigações, a PF constatou que o proprietário da empresa vencedora dos certames com indícios de fraude é parente do ex-gestor do município.
Foi solicitado pela PF e determinado pela Justiça Federal o sequestro de bens e valores no valor de, aproximadamente, R$ 200 mil, referente ao prejuízo dos alimentos pagos pelo município, mas que não foram entregues à Secretaria de Educação.
Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação e lavagem de dinheiro, além de outros delitos que possam surgir na continuidade dos trabalhos investigativos.
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