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Cinco pessoas morrem em confronto durante fiscalização do Ibama em garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé em MT

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

28/09/2024 por Redação

Segundo a polícia, o confronto aconteceu com homens que seriam seguranças dos garimpeiros e tentavam impedir uma fiscalização do Ibama. Material apreendido pelos agentes após o confronto
PRF
Cinco pessoas morreram em um confronto armado durante uma fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Polícia Rodoviária Federal, na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, nesse sábado (28).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o confronto começou na madrugada, com homens que seriam seguranças dos garimpeiros e tentavam impedir uma fiscalização do Ibama.
Após o confronto, foram apreendidos um fuzil, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, carregadores e munição
Nenhum dos agentes e policiais ficaram feridos. Os corpos foram encaminhados para Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Pontes e Lacerda.
A Polícia Federal investiga o caso.
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Chacina
Na última segunda-feira (23), quatro pessoas morreram e uma ficou ferida em uma chacina em um garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé. Duas vítimas foram identificadas como Fabio Tavares Siriano, de 33 anos e a esposa, Flavia Melo Miranda Soares, de 20 anos.
Flávia Miranda é natural do Acre e teria ido ao garimpo encontrar o marido, Fábio.
De acordo com o delegado João Paulo Berté, a chacina teria sido motivada após uma briga dentro do garimpo, por área de exploração. Uma das linhas de investigação da polícia é que os envolvidos tenham ligação com organização criminosa.
Crescimento da exploração
Documentarista registra degradação ambiental na terra indígena Sararé
A Terra Indígena Sararé abrange os municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Nos últimos anos, a região tem sido alvo de uma intensificação das atividades garimpeiras, que ameaçam não apenas a integridade do meio ambiente, mas também a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais.
A primeira operação das forças de segurança foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram novamente.
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Em abril deste ano, foram apreendidas 22 pás carregadoras avaliadas em mais de R$ 17 milhões, 39 motores estacionários, duas bombas dágua, um gerador e duas britadeiras foram destruídas, durante a Operação que Ouro Viciado.
As escavações indiscriminadas provocam desmatamento, poluição dos rios e degradação do solo, o que afeta diretamente o abastecimento de água e a biodiversidade local. Segundo dados do Ministério Público Federal de 2022, a TI Sararé tem cerca de 5 mil garimpeiros.
Segundo lideranças indígenas da região, o território é uma área de grande importância ambiental e cultural, mas tem enfrentado sérios desafios relacionados ao garimpo clandestino.

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