Ação envolve vinte órgãos federais para recuperar áreas afetadas pela exploração ilegal de garimpeiros. Base federal é montada no Pará no início da operação de desintrusão na TI Munduruku, para expulsar invasores.
Reprodução / TV Liberal
O Governo Federal iniciou, neste sábado (9), a operação de retirada de não indígenas do território Munduruku, nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no sudoeste do Pará.
A ação envolve vinte órgãos federais, incluindo a Força Nacional, para tentar recuperar áreas afetadas pela exploração ilegal de garimpeiros, buscando garantir que apenas os 9.257 indígenas dos povos Munduruku, Isolados do Alto Tapajós e Apiaká.
A decisão da Presidência da República cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para devolver a Terra Indígena ao povo originário.
A operação de desintrusão também quer proteger o meio ambiente e garantir que recursos naturais não sejam destruídos na área de preservação indígena.
Assessor da Casa Civil e coordenador da operação, Nilton Tubino disse que a ação é um passo para assegurar o direito do povo Munduruku ao território.
O apoio logístico é coordenado pela 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sob o comando do Comando Militar do Norte, com base operacional estabelecida no aeroporto de Jacareacanga.
Nossa missão é apoiar logisticamente o comando-controle para que todos os órgãos envolvidos tenham as melhores condições de cumprir as tarefas, explicou o General Veiga, comandante da Brigada.
O Secretário Nacional de Direitos Territoriais do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kaingang, afirmou que a atual gestão não compactua com garimpo ilegal, desmatamento ou atividade ilícita que afete os povos indígenas.
Entre os órgãos participantes estão: Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Ministério do Trabalho e Emprego, Estado-Maior das Forças Armadas, Funai, Ibama, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Também há a participação de agências reguladoras federais que vão atuar na fiscalização.
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